TESOURINHOS DEPRIMENTES (3)
UM ALDRABÃO CHAMADO JOSÉ ANTÓNIO SARAIVA
AS veio insinuar dissimuladamente
que sou um espião, um infiltrado ao serviço de “alguém”, que não diz quem é,
mas que todos sabemos a quem se refere. Na edição do Sol, de 10 setembro 2022, de
que é diretor executivo adjunto, AS dizia que “já é mais estranho que pertença – ou tenha pertencido – ao
gabinete do primeiro-ministro [referindo-se a mim], tendo em conta que esse é
um lugar político e Portugal apoia ativamente a Ucrânia e condena veementemente
a invasão russa.”
Mais
à frente, AS dizia (teve de colocar a acusação na boca de outro) que “Quando a
guerra começou, o prof. Armando Marques Guedes… disse que havia «espiões» ao
serviço da Rússia no gabinete do primeiro-ministro.” Um mais um ainda continua
a ser igual a dois. Como se Marques Guedes fosse o oráculo do regime! Sabemos
onde é que são colocados administrativamente os funcionários dos serviços de
informações. Portanto, tendo eu estado lá colocado, eu era espião e, como tal,
estava a cometer uma traição.
Nunca
pertenci ao gabinete do primeiro-ministro, nunca exerci cargos políticos, nunca
fui membro de qualquer serviço de informações. Como tal, AS mentiu. Recorreu à
mentira para me denegrir e enganar os seus leitores. Foi um aldrabão. Desafio AS
a tornar público esse segredo (a sua especialidade). Se não for capaz de o
fazer terei de o apelidar de canalha, desafiando-o desde já a processar-me
judicialmente perante tão grave difamação que lhe acabo de fazer. Veremos se
terá coragem.
Uns
dias mais tarde, o Prof. Marques Guedes fez uma autocrítica pública sobre o que
tinha dito relativamente a mim. AS podia ter feito uma autocrítica e pedir-me
desculpa, mas não fez. Por isso, terei mesmo de o apelidar de canalha.
Aproveitando
a queda do avião onde se deslocava o Sr. Progizhin, voltou novamente à carga contra
mim, na edição do Sol de 1 de setembro de 2023. Começou candidamente por dizer
que tinha “muito respeito por opiniões desalinhadas”, mas a intenção desse
disclaimer era pérfida, qual gato escondido com o rabo de fora. Por o meu camarada
MG Agostinho Costa ter também elencado uma putativa “conspiração africana”, como
um dos possíveis autores da sabotagem do avião, admitamos que as coisas foram
postas nesses termos, AS sugeriu que “parecem ambos ler pela mesma cartilha.
Assim, é legítimo duvidar que pensem mesmo pela sua cabeça”. O facto de eu
dizer algo parecido com o que diz o MG Agostinho Costa estou a regurgitar
“lines to take” encomendadas. Topam?! Seguindo essa mesma lógica, quem diga que
o Putin foi o autor do atentado também estará a regurgitar uma cartilha.
Curiosamente ou não, AS não
mostrou qualquer indignação em ouvir dizer que o avião do Prigozhin tinha sido abatido
por um míssil (com desenhos e tudo em prime time), na mesma altura em que o
porta-voz do Pentágono negava a possibilidade de um míssil ser o responsável
pela queda do aparelho. AS desligou a televisão nesse momento?! E não ficou
incomodado quando alguém disse que os soldados russos não têm meias? Que
aprendem a manusear o armamento pela Wikipédia (afinal até sabem o que é a
Wikipédia), que não há problema em bombardear nuclearmente a Rússia porque o
seu equipamento nuclear é obsoleto e a Rússia afinal são só cinco cidades, etc.
AS não percebeu ainda que anda há um ano e meio a ser enganado. Como ator da comunicação social tem o dever e a responsabilidade de não enganar os seus leitores. Onde mora a sua isenção e a sua ética? Provavelmente para o “isento” AS há propaganda boa “he’s our son of a bitch”, e propaganda má. Percebe quando falo em honestidade intelectual? Não dá para ter uma pontinha de pudor?! AS faz parte do grupo de mensageiros que alinharam sem pudor na ideia de criar na opinião pública a ideia de que este desafio colocado à Europa ia ser um “passeio no parque”. Afinal parece que o especialista em cartilhas é AS. Só faltava agora AS chamar a Tucker Carlson, a R. Kennedy Jr. e tantos outros espiões do Kremlin e, já agora, subscritores do PCP. O Arquiteto Saraiva é um triste mentiroso. Ainda o veremos um dia destes a fundar mais algum pasquim financiado por capitais angolanos.
Comentários
Semelhante criatura deve expiar a duras penas o ultraje de usar o nome respeitável do pai.
Depois, não passa de um pusilanimal, perdão, de um covarde que bate e esconde a mão nas meias tintas enviesadas de escriba de terceira categoria.
Ou sem ela.