A NECESSIDADE DE UM NOVO MODELO ORGANIZACIONAL PARA O IASFA
As recentes notícias publicadas em vários órgãos da
Comunicação Social sobre o Instituto de Ação Social das Forças Armadas (IASFA)
não são nada tranquilizadoras. O modelo de governação em vigor é sem qualquer
dúvida um dos problemas graves que afeta que o seu funcionamento. O estatuto de
instituto público atribuído ao IASFA tem revelado ser um enorme obstáculo ao
exercício de uma gestão eficiente e racional e, por conseguinte, um impedimento
à maximização dos recursos colocados à sua disposição. Mantê-lo é subscrever
uma prática gestionária disfuncional que levará o IASFA ao definhamento e o
conduzirá no médio prazo à extinção.
UM modelo de governação assente numa associação de direito público, de interesse público, com autonomia
administrativa, financeira e personalidade jurídica, inserida na administração
indireta do Estado e com autorregulação interna, afigura-se-nos como o modelo
alternativo mais adequado para ultrapassar o atual impasse causado pela figura
de instituto público.
A Associação a criar nos termos expostos teria completa
autonomia para gerir o património presentemente à guarda do IASFA, I.P.
Acrescem todas as prerrogativas legais associadas como sejam, entre outras, a
liberdade para contratar pessoal e serviços, bem como, contrair empréstimos.
Neste modelo de associação de direito público, os diferentes órgãos sociais
seriam eleitos pelos associados.
Repudiamos
veementemente as propostas que defendem o regresso da Ação Social Complementar
(ASC) à tutela do CEMGFA, ao modelo dos antigos Serviços Sociais. As várias décadas
de experiência chegam para dizer basta. Essa solução subverte os princípios
consagrados na Lei de Defesa Nacional de concentrar no Ministério da Defesa
Nacional (MDN) a gestão das matérias de natureza não operacional; as
prerrogativas de gestão não são substancialmente diferentes das de um instituto
público; e mantém a ausência de controlo dos atos de gestão pelos associados.
Há que ter coragem para dar o passo seguinte. E
conhecimento. Sem conhecimento não há unhas para tocar a guitarra. E é aqui que
estamos. O resto é conversa.
Comentários
Estou pois de acordo que uma mudança na sua governação se impõe e a sugerida parece uma hipótese viável, garantido a independência e competência dos seus corpos dirigentes. PA