Miguel Sousa Tavares (MST) é um tipo com problemas
É
conhecido o ódio primário que MST nutre por tudo o que cheire a militar ou a Forças Armadas, entidades que lhe escapam ao entendimento. Não sabemos porquê. Também
não é objeto desta prosa elaborar sobre esse problema não resolvido. Apesar do completo
desconhecimento da matéria, não se inibe, sempre que pode, de tecer
considerações menos elogiosas sobre as Forças Armadas. Fá-lo de modo pedante com
a arrogância característica dos ignorantes. Escreve MST na sua crónica semanal
no Expresso de 22 de agosto de 2020 (#2495):
“Para
adaptar o antigo, e agora abandonado, Hospital Militar de Belém a hospital de
retaguarda para doentes covid, orçamentou-se uma verba de 750 mil euros, apenas
para 20 camas. E por essas 20 camas passaram 60 doentes, mas a conta final
acabou nos 3 milhões: 46 mil euros por doente ou 150 mil por cama! Que mais
irão as nossas Forças Armadas conseguir fazer para se desprestigiar?”
1.
O hospital não está “agora abandonado”. Se estivesse “agora abandonado” não
teria doentes como refere.
2.
Não são 20, mas sim 30 camas. A conta de merceeiro feita por MST não passa de uma
manobra ridícula de manipulação sem fundamento, com a qual não merece perder
tempo.
3.
O que é manifestamente doentio é o ataque às FFAA. MST devia ter feito o
trabalho de casa e verificar quem fez as contratações.
As empreitadas responsáveis pelo desvio orçamental
foram adjudicadas pela Direção-Geral de Recursos da Defesa Nacional, que
é um órgão do Ministério da Defesa Nacional, dirigido por um Diretor-Geral nomeado
pelo Ministro da Defesa Nacional. As Forças Armadas não têm nada a ver com
isto. Se alguém se desprestigiou foi o Ministro da Defesa, não foram as Forças
Armadas. A menos que MST não consiga distinguir Ministério da Defesa de Forças
Armadas. O que não é de admirar.
Curiosamente sobre o negócio que envolve a cedência
do HMB à Santa Casa da
Misericórdia de Lisboa (SCML), MST não disse nada. Parece não estar incomodado
com o destino do HMB para a Câmara Municipal de Lisboa e a SCML com vista ao
exercício de cuidados continuados, quando o SNS e o Serviço de Saúde Militar
são altamente deficitários nesta valência cada vez mais necessária, onde se
torna indispensável que o Estado reforce as suas capacidades e competências.
Ao
comentário de MST chama-se jornalismo traquitano. Mas apesar disso, cá
estaremos para o corrigir, formar e instruir na matéria, sabendo que é difícil
ensinar a cantar.
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