Ainda as Mortes em Instrução no Campo Militar de Alcochete

1. Provavelmente não irei aumentar o número de amigos com o que vou escrever. Contudo, não poderia deixar de o fazer, face ao modo enviesado como os incidentes ocorridos em Alcochete, no dia 4 de setembro, estão a ser tratados em vários fóruns, deixando passar a ideia de que a responsabilidade pela tragédia deve-se à brutalidade da instrução e ao comportamento de instrutores insensatos e irresponsáveis. Não é o caso, como argumentarei de seguida.
2. Passada quase uma semana sobre os acontecimentos que vitimaram dois instruendos do 127.ª curso de Comandos é possível fazer uma leitura mais precisa do que aconteceu, mesmo antes de serem conhecidas as conclusões do inquérito que o General CEME mandou instaurar.
3. Não são aceitáveis mortes em instrução. Não há justificações para que isso aconteça. Tentativas para minorar a importância dos acontecimentos com casos semelhantes ocorridos noutros países ou com o risco associado ao exercício de qualquer atividade humana (maior numas do que noutras) fragilizam o debate, para além de serem grotescas e irresponsáveis. A opinião pública não aceita esses argumentos. Essa narrativa coloca a especialidade numa situação de grande fragilidade.
4. Devo dizer que é muito estranho o que aconteceu. Respostas rápidas correm o risco de serem imprecisas. As vítimas sentiram-se indispostas no meio do primeiro dia de exercícios. Apesar do calor que se fazia sentir, por muito violenta que fosse a instrução era muito cedo para causar tão trágico desfecho. A validade da tese de instrução com elevada intensidade e desajustada à temperatura que se fazia sentir tornava-se credível se tivesse ocorrido mais tarde. Quem lá andou sabe exatamente do que estou a falar.
5. A explicação baseada na carga exagerada da instrução não responde às dúvidas que se colocaram, pelo menos a grande parte delas. Conheço bem o comandante do Regimento de Comandos. Fui seu diretor do curso de Comandos. Foi o melhor classificado do curso. É uma pessoa sensata, ponderada e cautelosa. A isto acresce-se experiência no Afeganistão. Sei qual o seu pensamento sobre a instrução. Falámos muito sobre o tema. Nunca permitiria exageros. Para além do mais, houve alterações ao programa do curso, ainda antes do seu início, de modo a adaptar a instrução ao calor que se fazia sentir, nomeadamente suspendendo algumas sessões.
6. A não ser uma carga de esforço exagerada, qual poderia ser a causa? Não conhecendo as conclusões do inquérito, afiguram-se-nos algumas respostas extremamente plausíveis e verosímeis:
(1) Não se pode afastar a hipótese de uma avaliação médica errada. Não digo que foi, digo apenas que se tem de considerar como uma hipótese possível, assim como outras. É inexplicável o que aconteceu. O furriel que faleceu sentiu-se indisposto pelas 15h40, a meio do primeiro dia instrução. Muito cedo para acontecerem coisas desta gravidade. Foi afastado imediatamente da instrução e esteve em repouso cerca de 5 horas antes de falecer. Parece que não terão sido tomadas as medidas mais adequadas para o salvar. Se tivesse sido evacuado na devida altura as hipóteses de sobreviver eram bastante elevadas. Como é que é possível que não exista capacidade de evacuação imediata (necessidade verificada pelo médico pelas 19h) e o INEM só chegar a Alcochete pelas 20h37?
(2) Outra possibilidade prende-se com as limitações físicas impeditivas da frequência do curso, não detetados na inspeção médica como, por exemplo, uma cardiopatia congénita. Sobre este tema o relatório do inquérito poderá responder à especulação.
(3) Uma outra possibilidade, eventualmente mais remota, tem a ver com o recurso a estimulantes por parte das vítimas. Como no caso anterior, teremos brevemente resposta a esta questão.
7. A primeira hipótese merece uma análise mais cuidada. A evacuação das vítimas não foi um processo fácil e imediato. A médica de serviço ao HFAR recusou-se a receber todos os pacientes por não ter condições e, portanto, estes tiveram de ser encaminhados para hospitais civis. Cabe referir que o Hospital das Forças Armadas (HFAR) não tem serviço de urgências. Repito, o hospital militar nacional não tem serviço de urgência, fruto das restruturações da saúde militar levadas a cabo pelo governo anterior, naturalmente com cumplicidades no seio da Instituição militar, o que não deixa de ser algo tremendamente insólito e grave que tem de ser devidamente apurado. Na prática criou-se um centro de saúde avantajado em vez de um hospital. Os resultados dessa restruturação estão à nossa frente. Uma evacuação a tempo podia ter evitado este desfecho.
8. É aceitável que um hospital militar que devia funcionar como uma reserva da Nação para servir supletivamente as necessidades do país em casos de emergência ou de catástrofe se tenha de socorrer de hospitais civis, em tempo de paz, para internar quatro pessoas? Não só não é aceitável como os responsáveis pelo estado a que isto chegou têm de assumir as suas responsabilidades. A tutela do HFAR não pode sacudir a água do capote. Tem de explicar por que deixou a situação degradar-se a este ponto.
9. Igualmente grave é o modo a que chegou a saúde operacional nas Forças Armadas e no Exército em particular. As unidades foram desprovidas de meios sanitários adequados. Provavelmente terão capacidade para desencravar unhas. Do mesmo modo que a população evita os Centros de Saúde e se dirige às urgências dos hospitais, também o HFAR funciona, na maioria dos casos, como a primeira frente da saúde militar operacional. Por isso, quatro dos instruendos que foram ao hospital por precaução regressaram para a instrução. Os órgãos da comunicação social apresentaram as evacuações todas iguais, quando havia diferenças significativas entre elas. Ir ao hospital preventivamente enquadra-se no risco aceitável deste tipo de formação. Não pode ser utilizado como arma de arremesso contra a dureza da instrução, domínio onde não poderão haver cedências.
10. Sem pretender atribuir responsabilidades ao atual CEME que assumiu funções há alguns meses, não podemos deixar de ver com estranheza o facto do projeto de investigação em parceria com a Universidade do Porto, com o objetivo de definir “marcadores de esforço” que permitam atuar preventivamente e evitar a rabdomiolise ser uma iniciativa do próprio Regimento de Comandos, quando deveria ter sido um esforço organizacional de maior dimensão.
11. Pelos motivos longamente explicados, colocar toda a responsabilidade dos acontecimento em cima do Regimento de Comandos é incorrer num erro grave. É fechar os olhos aos erros no processo de criação do HFAR que mais uma vez não se mostrou à altura dos acontecimentos. E isto não acontece por causa da qualidade dos recursos humanos que ali prestam serviço, mas sim pela forma irresponsável, impensada e amadora como foi feita a restruturação da saúde militar. No apuramento das responsabilidades, a tutela do HFAR não pode ficar imune.

12. Vários órgãos da Comunicação Social têm ventilado a possibilidade de o Governo extinguir novamente os Comandos. Hoje, um partido político defendeu-o abertamente. Foi confrangedor ouvir dislates e manifestações de ignorância de pessoas que têm obrigação de ter mais conhecimento sobre aquilo que falam e de ser mais cuidadosas nas declarações que fazem, correndo o risco de não serem levadas a sério e deixarem de ser respeitadas. Não me parece sensato colocar essa possibilidade na agenda. No Estado da Arte do dia de hoje, tudo indica ter havido falhas graves num sistema de evacuação que devia ter funcionado e não funcionou. Não é sério colocar o ónus nos Comandos. 

Comentários

Muito bem!
Quanto às atitudes dos partidos de esquerda em favor do encerramento dos Comandos, a verdade é que jamais se livraram da assombração do fantasma de Jaime Neves.
Em situações como esta não é necessário aumentar o número de amigos. E se o número de inimigos aumentar ... são mais uns. O que é preciso é que os amigos, de quem escreve ou dos Comandos, se mantenham unidos em defesa de um dos melhores corpos de tropas portuguesas. Não sei se haverá melhor. Não sou Comando mas tenho uma grande admiração pelos meus camaradas que ali prestam serviço. Tenho uma ideia daquilo a que eles se sujeitam para manter o atual nível de eficácia. E durmo mais descansado por eles existirem. No entanto, algumas pessoas (esta expressão é suficiente genérica para abarcar todo o conjunto) que não têm a mais pequena ideia para que servem as Forças Armadas e muito menos os corpos de forças especiais, concluem pela sua própria experiência de vida que tais forças só existem para satisfazer o ego de um grupo de masoquistas. E pensam assim, porque nunca fizeram um esforço para nada, porque nunca saem da sua "área de conforto" (esta expressão assenta-lhes que nem uma luva) ou porque se querem mostrar próximos dos pacifistas, mas não pacifistas, não vá o diabo tecê-las e ser necessário chamar as tropas a salvar-lhes a pele. Ou, o que é mais provável, para defender interesses não declarados. Parte disto tudo é culpa nossa porque nunca explicamos (e publicitamos) de forma clara o que andam as nossas tropas a fazer no exterior e em missões de apoio interno e como são preparadas para essas missões. Nos dias que correm temos de fazer esse esforço já que a tutela não faz apesar de ter para o efeito (serviço público) importantes meios de comunicação social.
Um abraço.
Manuel Mourão
Júlio disse…
Relativamente ao primeiro comentário, apesar de muito bem escrito, assemelha-se a quem está a dar tiros para todos os lados menos para aquele que interessa. "A uma acção, opõe-se uma reacção." A verdade deve andar por aqui. Teria acontecido o mesmo aos dois jovens que nos deixaram se eles estivessem em gozo normal de fim-de-semana? E os restantes que se sentiram indispostos? Havia poucas probabilidades de tal vir a acontecer. O corpo humano está muito bem estruturado para falhar assim de pé para a mão. Para mim esta desgraça deveu-se a querer dar-se um passo mais à frente do que já se havia dado. Quais são as repercussões fisiológicas deste tipo de trabalho? E psicológicas? Por que aparece a "perturbação de stress pós-traumático de guerra" em militares vindos das zonas de combate? Com isto não quero dizer que se acabe com as tropas especiais, mas sim que se aproveite a experiência acumulada, neste caso pelos comandos, ao longo de tantas décadas.

Júlio Cirino

Júlio Cirino
C. Costa disse…
Já tenho alguns inimigos, e não me importo de coleccionar outros tantos, mas gostava muito que este assunto fosse discutido seriamente por pessoas que de facto sabem o que é um Curso de Comandos. Para todos os restantes e muito humildemente não vou perder tempo com explicações... NUNCA VÃO ENTENDER.
Em primeiro lugar lamento a perca de duas vidas.
Não devia ter acontecido... mas aconteceu. E como tal e fazendo das palavras do PR " não está em causa a Instituição em si, mas sim averiguar até às últimas consequências o que de facto aconteceu" sic.
Falar do que não se sabe, acho prematuro e de mau gosto. Quem passou por esta força especial, tem uma vaga noção e nenhumas certezas absolutas do que eventualmente aconteceu naquela tarde em Alcochete.
Tanto quanto se sabe, nenhum dos militares assistidos apresentavam o mesmo quadro clinico. Concordo com o Sr. General quando alude a uma possível deficiente avaliação clinica. Os resultados das autopsias assim o dirão. Por outro, o desfalecimento dos rins e basso não é fruto de meio dia de instrução, tem de haver uma explicação.
Também concordo que com a extinção do Hospital Militar só veio piorar em todos os sentidos os cuidados aos Militares do Exército.
Em relação ao apuramento da verdade, conheço o Comandante do Regimento de Comandos e posso assegurar que levará todas as questões as últimas consequências. Aliás, é praxe dos Comandos serem Comandados por Oficiais de elevado perfil e rigor.
Ninguém nesta Unidade tem prazer em perder vidas.
Devemos ser serenos e aguardar pelos resultados.

Carlos Costa
PILAO2511966 disse…
Não fui Comando, mas estive na tropa em Angola e em França, para bom entendedor meia palavra basta. Há realmente algo de estranho, pois não é suposto um instruendo e já com algum tempo de tarimba ir-se abaixo, ás 3 da tarde por causa duns 40 graus. Há ali algo que não bate certo, "xarope para criar músculo", doença ou deficiência não detectada nos exames!!!??. Os outros que se calhar não tinham tempo algum de tropa aguentaram-se. Agora não haver uma urgência no HFA,e não aceitarem casos destes,( qualquer dia, não vão ao hospital, vão ao Kimbanda, como em Angola) é inadmissível, 4 horas até verificarem que era preciso chamar o INEM!!!, também me não me parece aceitável. Algo tem que ser corrigido, mas o mais certo é arrearem uma porrada no "mexilhão" e passarem uma escova por cima. Até uma próxima vez e lá virá a cachopa do BE botar faladura.
Carlos Coutinho
Unknown disse…
Como é que tenta explicar a morte de um militar com uma capacidade residente, ou não, de um hospital onde não chegou com vida? Podia ser o melhor hospital do mundo, mas se o doente chegar lá morto, não há nada a fazer...
Não será mais plausível a raiz desta morte ser o militar ter estado 5 horas indisposto até chamarem o INEM?

Relativamente ao segundo militar que faleceu, ele deu entrada no HFAR, tendo-se verificado uma urgência de índole hepática, foi transferido para o Hospital que é a maior referência nesta área no distrito de Lisboa...

Mas gostava que me explicasse a primeira questão, de justificar uma morte com um hospital onde o doente não chegou com vida...

Obrigado
Carlos Branco disse…
Obrigado pela sua questão. O militar não chegou a ser evacuado. Porque motivos? quais os interventores na decisão? o relatório certamente dará uma expllicação. Há várias respostas, nenhumas delas deve ser excluída. Provavelmente existirão várias envolvendo vários responsáveis. Uma coisa é certa. Teremos brevemente respostas a estas questões. Compreendo a pertinência da pergunta. Parece contraditório, não parece?! Por enquanto esta é a resposta possível que certamente não o satisfará, nem a mim. Na devida altura esta questão será cabalmente respondida.
Unknown disse…
Oportuno, esclarecedor e com argumentação válida e sólida. Parabéns e obrigado.
vox disse…
Bom, correndo o risco de o meu comentário não ser publicado, talvez um eventual endurecimento na instrução seja a explicação para as duas mortes e para o elevado número de internados, já para nem mencionar o elevado numero de desistências, post trágico acontecimento.
Será estranho ao eventual endurecimento, o facto de Comandos irem para África, para substituirem tropas francesas, assim aliviando efectivos para serem empenhados na luta contra o Daesh ?
E se vão para África e se a instrução visa simular ao máximo as condições reais do teatro de guerra, em África há assim muita água para beber e evacuações ou mesmo tratamento médico, de primeiríssima qualidade ?
Meu caro, assistência médica digna desse nome, nunca houve nas Forças Armadas ( talvez para o quadro permanente e para a GNR e respectivos familiares, a situação seja melhor ).
C. Costa disse…
General Carlos Branco, Excelência,
neste momento sinto vergonha, e sendo verdade, das últimas noticias vindas a publico relativamente aos acontecimentos de Alcochete.
Fala-se do instrutor em causa com nome e posto.
Segundo consegui apurar e cruzando atentamente declarações vindas a público confesso que de facto existiu algo que nunca em tempo algum devia ter acontecido.
Hoje mesmo, o Ministro da Defesa declarou que queria o relatório até ao final do ano, demasiado tempo porque há respostas que têm de ser dadas e o PR vai querer saber a verdade muito rápidamente.
A SER VERDADE O QUE VEIO A PÚBLICIO ontem, não é preciso tanto tempo para apurar os acontecimentos, quer por parte da PJM quer da MP.
A SER VERDADE, o Comandante do Regimento Cor.CMD DM já deveria ter substituído o corpo ou parte do corpo de instrução o que não aconteceu.
A SER VERDADE, a atitude mais correcta que por acaso está mencionada no Código Comando é, o que lamento, o militar ou os militares em causa ser(em) privado(s) do(s) seu(s) titulo(s).
“ ... Sejam quais forem os seus dotes de saber o Comando que as não possua ou as despreze deve ser inexoravelmente privado do seu titulo ...”
Não estou a condenar a(s) pessoa(s) em si, mas sim a julgar os actos por ele(s) efectuado(s) por parecem? ser verdade. Não há fumo sem fogo, e como tal não vale a pena ser ingénuo.
A SER VERDADE, e por actos menos gravosos, pelo menos sem mortes, em 1980 um sr. Alferes CMD Miliciano foi chamado à frente do Comandante Cor.CMD Jaime Neves em plena formatura da parada, e foram-lhe retirados os símbolos - Boina, foi-lhe rasgado do dólman o Dístico, o Crachá, os Galões e Cinturão e foi escoltado pela força da guarda para fora da porta de armas. Foi expulso do Exército Português, porque não esteve a altura dos deveres e obrigações dos Comandos desrespeitando os códigos de conduta.
Sinto-me escandalizado e triste com a situação. Gostava que os inquéritos fossem tão breves quanto possível. Saber a verdade sem branquear o que quer que seja. Responsabilizar quem tem de ser responsabilizado.
Se por ventura o próprio Comandante do Regimento que em primeiras instâncias é sempre o responsável máximo por todos os actos praticados pelos seus subalternos, tiver de ser exonerado do seu cargo, pois que seja, e se o for, é porque de facto não esteve à altura dos pergaminhos dos anteriores Comandantes do Regimento.
No meu mais humilde entender Sr. General, NENHUM MILITAR TEM O DIREITO DE TER ATITUDES MENOS DIGNAS, ABUSAR DOS DIREITOS QUE LHE FORAM ATRIBUIDOS PARA AS FUNÇÕES PARA QUE FORAM INDIGITADOS, PÔR EM CAUSA A VIDA HUMANA E POR ÚLTIMO PÔR EM CAUSA UMA INSTITUIÇÃO, QUE DE VERIA HONRAR, COM O PRESTIGIO QUE OS COMANDOS TÊM NACIONAL E INTERNACIONALMENTE.
Por último gostaria que 1993 não se repetisse, deu muito trabalho reativar os Comandos.
PS: Fica ao seu critério esta publicação. Tudo o que disse é muito grave, mas é a verdade.
Carlos Branco disse…
Caro C. Costa, Antes de mais as minhas desculpas por não ter publicado este seu comentário mais cedo. Os últimos dias tem sido terríveis. O seu outro comentário será respondido na primeira oportunidade. Sobre o que escreveu gostaria de dizer o seguinte: (1) Compreendo perfeitamente a sua frustração, a qual partilho plenamente. (2) penso que está a reagir em excesso. Eu não tive tempo ainda para fazer um novo post para desconstruir as falsidades do sexta às nove e às onze. Espero fazê-lo ainda esta semana. E o que tenho a dizer vai fazer mossa. A Sr. Sandra Felgueiras não pode andar todas as semanas a montar cenários falsos. No primeiro programa os instruendos foram seviciados fora dos olhares das restantes pessoas. Um deles pertencia ao grupo de quadros. Fez o curso e sabe que isso era completamente impossível. É uma história inverosímil que tem de ser desmascarada e desconstruída. No segundo programa veio dizer que alguém tinha visto o furriel - que veio a falecer - a comer terra. Afinal em que é que ficamos? foram para um local discreto para ninguém os ver e agora já houve quem os viu?! e uma pessoa a desfalecer é capaz de comer terra?! acredita nisso? (3) Foi dito que os instruendos fazem um pacto de silêncio. Desde quando?! e depois temos a mãe do soldado que faleceu a contar tudo o que o filho lhe dizia. Afinal há ou não há pacto de silêncio?! (4) o programa foi um exercício mediocre de qualquer coisa a que não se pode apelidar de jornalismo. Não é eticamente aceitável que se aproveite o desespero de uma mãe que acaba de perder um filho para obter um Scoop. Isso chama-se miséria humana. (5) não tire conclusões precipitadas sobre o que aconteceu. O mais grave não foi dito no programa. Mas isso terá que ficar para outra ocasião...breve. Atenção que ninguém quer encobrir nada ao contrário do foi dito e redito. irei desconstruir essa tese. Reitero as minhas desculpas pelo atraso na resposta. Mama Sumae...sempre!
C. Costa disse…
E agora Carlos Branco.... para além da minha frustração, a onde está agora os meus excessos??
Audace Fortuna Juvat

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